Para quem acorda cansado, mesmo depois de uma noite aparentemente longa de sono, ou convive com barulhos incômodos durante a madrugada, entender o que está por trás do ronco e da apneia do sono é fundamental. Esses distúrbios respiratórios noturnos afetam não apenas a qualidade do sono, mas também a saúde cardiovascular, mental e metabólica.

Neste artigo, você vai descobrir o que causa o ronco e a apneia do sono, quais fatores podem agravar esses problemas e quais são as principais formas de tratamento disponíveis, desde abordagens cirúrgicas até exercícios que fortalecem a musculatura da garganta.

O que é apneia do sono?

A apneia do sono é um distúrbio caracterizado pela interrupção parcial ou total da respiração durante o sono. Essas pausas podem durar de alguns segundos a minutos e ocorrer várias vezes durante a noite, comprometendo a oxigenação do corpo.

A forma mais comum é a apneia obstrutiva do sono, em que as vias aéreas superiores são bloqueadas por estruturas da garganta, como a língua ou as amígdalas, especialmente quando o tórax e o pescoço relaxam durante o sono.

Por que algumas pessoas roncam?

O ronco ocorre quando o fluxo de ar encontra resistência nas vias respiratórias superiores, causando vibração dos tecidos da garganta. Essa obstrução parcial pode resultar de vários fatores anatômicos ou funcionais e é frequentemente um sinal precoce de apneia do sono.

Principais causas da apneia do sono

Diversos fatores podem levar à obstrução das vias aéreas e ao desenvolvimento da apneia do sono. A seguir, explicamos os mais comuns.

Amígdalas aumentadas

Amígdalas hipertrofiadas podem reduzir significativamente o espaço da garganta, dificultando a passagem do ar e provocando roncos intensos e episódios de apneia.

Enfraquecimento muscular com a idade

Com o envelhecimento, a musculatura da garganta tende a perder tônus, facilitando o colapso das vias aéreas durante o sono, especialmente em decúbito dorsal (deitado de costas).

Excesso de peso

A gordura acumulada ao redor do pescoço e da região faríngea pode comprimir as vias respiratórias, agravando a obstrução durante o sono. A obesidade é um dos principais fatores de risco para apneia.

Problemas respiratórios nasais

Condições como rinite, desvio de septo ou congestão nasal crônica dificultam a respiração pelo nariz. Isso leva à respiração bucal, que aumenta a vibração dos tecidos da garganta.

Como funciona o tratamento cirúrgico para apneia?

A cirurgia pode ser indicada quando há alterações anatômicas significativas, como amígdalas muito grandes ou desvio de septo grave. Procedimentos como a uvulopalatofaringoplastia (UPFP) ou a adenoamigdalectomia têm como objetivo ampliar as vias aéreas superiores, facilitando a passagem do ar.

Exercícios para fortalecer a garganta

Assim como os músculos do corpo, os da garganta também podem ser exercitados. A prática regular de exercícios miofuncionais orofaciais ajuda a tonificar os músculos da língua, palato e faringe, prevenindo o colapso das vias aéreas durante o sono.

Como o excesso de peso afeta o ronco?

A gordura corporal extra, especialmente ao redor do pescoço, reduz o espaço das vias respiratórias e aumenta a probabilidade de colapso durante o sono. A perda de peso é uma das formas mais eficazes de reduzir a gravidade da apneia e o volume do ronco.

Problemas nasais e respiração bucal

Quando não conseguimos respirar adequadamente pelo nariz, o corpo recorre à respiração bucal. Isso desestabiliza a posição da língua e amplia a vibração da garganta, intensificando o ronco e favorecendo a apneia.

Passo a passo para melhorar a qualidade do sono

Além dos tratamentos específicos, adotar hábitos saudáveis pode melhorar a respiração noturna e a qualidade do sono.

Mantenha um peso saudável

A redução do peso corporal está diretamente ligada à diminuição do ronco e das crises de apneia. Alimentação equilibrada e atividades físicas regulares são fundamentais.

Durma de lado

A posição supina (de costas) favorece o colapso das vias aéreas. Dormir de lado reduz significativamente os episódios de apneia.

Evite o consumo de álcool

O álcool relaxa ainda mais a musculatura da garganta, aumentando a obstrução das vias aéreas. Evite consumir bebidas alcoólicas pelo menos três horas antes de dormir.

Trate condições respiratórias

Rinite, sinusite e desvio de septo devem ser avaliados por um especialista. Uma boa respiração nasal é essencial para evitar a respiração bucal e seus efeitos negativos.

Melhorar a respiração durante o sono é essencial para evitar complicações como hipertensão, diabetes, fadiga crônica e prejuízos cognitivos. O ronco e a apneia do sono têm como causa principal a obstrução das vias aéreas superiores, mas felizmente existem tratamentos eficazes. Com opções que vão desde a cirurgia até mudanças de hábito e exercícios simples, é possível recuperar noites tranquilas e revigorantes.

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FAQ

Quem pode desenvolver apneia do sono?
Qualquer pessoa pode ter apneia, mas é mais comum em homens, obesos, idosos e pessoas com alterações anatômicas na garganta ou nariz.

Apneia do sono tem cura?
Dependendo da causa, pode ser controlada ou mesmo eliminada com tratamento adequado, como perda de peso, cirurgia ou uso de CPAP.

Qual é a diferença entre ronco e apneia?
O ronco é um som provocado pela passagem do ar em vias parcialmente obstruídas. A apneia é a interrupção da respiração por alguns segundos.

Quais exames diagnosticam a apneia do sono?
O principal exame é a polissonografia, que monitora o sono e identifica a ocorrência de pausas respiratórias.