Imagine acordar e não conseguir mover um músculo do corpo ou emitir qualquer som, mesmo estando plenamente consciente. Essa experiência, que pode ser assustadora, é conhecida como paralisia do sono. Trata-se de um distúrbio temporário que ocorre na transição entre o sono e a vigília, deixando muitas pessoas angustiadas.
Para esclarecer esse fenômeno, conversamos com especialistas que explicaram as causas, os riscos e as formas de evitá-lo. Continue lendo para entender mais sobre esse intrigante distúrbio do sono.
O que é a Paralisia do Sono?
A paralisia do sono acontece quando o cérebro desperta de uma fase específica do sono, mas o corpo permanece inativo. Segundo a neurologista Natasha Consul Sgarioni, da Clínica Mantelli, em São Paulo, isso ocorre devido à atonia muscular do sono REM, um mecanismo natural que impede que nos movamos durante os sonhos.
Por Que Isso Acontece?
De acordo com o pneumologista e especialista em sono Sérgio Pontes Prado, de Minas Gerais, a paralisia é resultado de um descompasso entre o sistema nervoso e os mecanismos que regulam os músculos. Durante o sono REM, o cérebro está ativo, mas os músculos permanecem relaxados. Quando despertamos, o corpo deveria se ativar, mas às vezes isso não acontece, causando a paralisia.
Riscos e Impactos na Saúde
Apesar do medo que provoca, a paralisia do sono geralmente não representa riscos físicos. No entanto, pode afetar a qualidade de vida. Natasha Consul Sgarioni destaca que episódios frequentes podem causar ansiedade, medo de dormir e até mesmo transtornos emocionais, como síndrome do pânico.
Fatores Desencadeantes
Vários fatores podem aumentar a predisposição à paralisia do sono. Pessoas com transtornos psiquiátricos, como ansiedade e depressão, são mais suscetíveis. Traumas emocionais e infecções respiratórias também são gatilhos conhecidos. Além disso, hábitos inadequados de sono, como usar eletrônicos antes de dormir, podem contribuir para o problema.
Prevenção e Cuidados
Para minimizar as chances de vivenciar a paralisia do sono, algumas medidas simples podem ser adotadas. Manter uma rotina de sono regular, evitar dormir de barriga para cima e praticar técnicas de relaxamento são algumas das recomendações da neurologista Natasha. Reduzir o consumo de cafeína e o uso de eletrônicos antes de dormir também são práticas aconselháveis.
Além disso, tratar condições subjacentes, como ansiedade e estresse, pode ser crucial para prevenir novos episódios. Em casos mais complexos, onde a paralisia do sono está associada a condições como a narcolepsia, a orientação médica é essencial.
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