A apneia do sono é uma condição frequentemente negligenciada, mas que pode trazer sérias consequências para a saúde. Se você ou alguém próximo já recebeu esse diagnóstico ou suspeita de ter apneia, é fundamental compreender os riscos envolvidos — e saber que, sim, em alguns casos, a apneia do sono pode matar.

Este conteúdo é especialmente útil para quem sofre com roncos intensos, cansaço constante ao acordar, ou possui familiares diagnosticados com distúrbios do sono. Ao longo do texto, você vai descobrir por que essa condição é tão perigosa, como ela se manifesta, quais são seus sinais mais comuns e o que fazer para tratá-la adequadamente.

O que é apneia do sono?

Apneia do sono é um distúrbio caracterizado por interrupções repetidas na respiração durante o sono. Essas pausas podem durar de alguns segundos a mais de um minuto, ocorrendo dezenas ou até centenas de vezes por noite.

Existem três tipos principais:

  • Apneia obstrutiva do sono (AOS): mais comum, ocorre quando os músculos da garganta relaxam e bloqueiam as vias aéreas.
  • Apneia central do sono: menos frequente, envolve falha do cérebro em enviar sinais para os músculos responsáveis pela respiração.
  • Apneia mista: combinação das duas anteriores.

Por que a apneia do sono é perigosa?

A cada interrupção respiratória, o corpo sofre uma queda de oxigênio, forçando o coração e o cérebro a trabalharem mais intensamente. A longo prazo, isso pode resultar em uma série de problemas de saúde graves, incluindo:

  • Hipertensão arterial
  • Infarto do miocárdio
  • Acidente vascular cerebral (AVC)
  • Arritmias cardíacas

E o mais alarmante: esses eventos podem acontecer durante o sono, sem qualquer aviso prévio.

Apneia do sono pode matar?

Sim, a apneia do sono pode levar à morte, especialmente quando não é tratada. A condição aumenta significativamente o risco de eventos cardiovasculares fatais, como infartos e AVCs. Além disso, há o risco indireto relacionado a acidentes de trânsito causados por sonolência diurna intensa, comum em quem sofre do distúrbio.

Um estudo publicado pela American Academy of Sleep Medicine mostrou que pessoas com apneia grave têm até 2,5 vezes mais chances de morrer por causas cardiovasculares.

Quais são os sintomas mais comuns da apneia do sono?

Identificar os sintomas é o primeiro passo para buscar ajuda médica. Os sinais mais frequentes incluem:

  • Ronco alto e frequente
  • Pausas na respiração observadas por terceiros
  • Engasgos ou sufocamento durante o sono
  • Sonolência excessiva durante o dia
  • Dificuldade de concentração
  • Dor de cabeça matinal
  • Irritabilidade ou mudanças de humor

Quem corre mais risco de ter apneia do sono?

Alguns fatores aumentam significativamente a probabilidade de desenvolver apneia, como:

Excesso de peso

A obesidade é um dos principais fatores de risco, pois o acúmulo de gordura ao redor do pescoço pode comprimir as vias respiratórias.

Idade avançada

Pessoas com mais de 40 anos têm maior tendência a desenvolver o distúrbio.

Uso de álcool e sedativos

Essas substâncias relaxam os músculos da garganta, aumentando as chances de obstrução das vias aéreas.

Histórico familiar

A predisposição genética também desempenha um papel importante.

Como é feito o diagnóstico da apneia do sono?

O diagnóstico geralmente é realizado através da polissonografia, um exame que monitora o sono do paciente durante a noite. Ele avalia:

  • Padrões respiratórios
  • Níveis de oxigênio no sangue
  • Frequência cardíaca
  • Movimentos corporais

A avaliação pode ser feita em clínicas especializadas ou, em alguns casos, com aparelhos portáteis para uso domiciliar.

Quais são os tratamentos disponíveis?

O tratamento depende da gravidade da apneia e pode incluir:

Uso de CPAP

O CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) é o tratamento mais eficaz. O aparelho mantém as vias respiratórias abertas ao fornecer um fluxo constante de ar durante o sono.

Mudanças no estilo de vida

Perder peso, evitar álcool antes de dormir e dormir de lado são medidas que ajudam bastante.

Cirurgias

Em casos específicos, procedimentos cirúrgicos para remoção de amígdalas ou correção de desvio de septo nasal podem ser recomendados.

Como prevenir complicações graves?

A prevenção envolve, principalmente, diagnóstico precoce e tratamento contínuo. Também é importante manter consultas regulares com especialistas em sono e controlar condições associadas, como hipertensão e diabetes.


A apneia do sono pode parecer inofensiva à primeira vista, mas os dados mostram que ignorar os sinais desse distúrbio pode custar caro — até mesmo a vida. Com diagnóstico correto, uso de CPAP quando indicado, e mudanças no estilo de vida, é possível controlar a condição e reduzir drasticamente os riscos.

Se você percebe que dorme mal, ronca muito ou acorda cansado mesmo após uma noite inteira de sono, procure um médico. Afinal, sua saúde — e sua vida — podem depender disso.

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Perguntas Frequentes

Quais doenças a apneia do sono pode causar?

Ela está associada a doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, depressão, e até declínio cognitivo.

Como saber se tenho apneia do sono?

Os sinais mais evidentes são roncos altos, pausas na respiração durante o sono e sonolência diurna. O diagnóstico é confirmado com a polissonografia.

Apneia do sono tem cura?

Em alguns casos, mudanças no estilo de vida ou cirurgias podem levar à remissão completa. Mas, na maioria das vezes, trata-se de uma condição crônica que exige controle contínuo.

Quem deve procurar um especialista em sono?

Pessoas que roncam frequentemente, acordam cansadas ou têm suspeita de pausas na respiração noturna devem procurar um médico do sono ou otorrinolaringologista.

Última Atualização: 20 de julho de 2025